quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Isto não é um fotolog

Agora que a SHOTS saiu, eu já posso publicar a foto que eu mais gosto. Foi uma das três fotos que eu mandei para a matéria. Pena que eles escolheram a outra.

Claudio Borrelli recebendo o espírito do Jack Bauer.
foto by: Mgmyself & I / model: my own husband

…˙˙…
˙˙
Hoje ganhei mais uma gata. Encontraram a mãe na rua com 5 filhotes.
Todos pretos - mãe inclusive - e, no meio deles, uma espiga de milho!
Mini. A nova habitante da casa

terça-feira, fevereiro 27, 2007

Mulher orgulhosa.


Saiu na SHOTS, revista inglesa de circulação mundial, esta matéria sobre o meu próprio marido. A matéria conta a trajetória dele de uma forma deliciosa, descontraída e verdadeira até demais.
Como o jornalista esqueceu de citar o nome da mulher fantástica que guiou os passos desta criança até aqui, a foto foi feita por mim, e o crédito está no cantinho inferior direito da primeira página. Ha! Quem diria que a minha primeira foto publicada seria dele?
A foto é uma homenagem "mafiosa" ao sangue italiano dele (e vamos combinar que também à maneira suicida-feliz que ele filma)
Quem puder, leia. Se clicar na foto, acho que dá pra ler. Ou...quando eu tiver tempo, transcrevo, traduzo, etc etc...But not now!
Não preciso dizer que a "famiglia Gameiro Borrelli" está radiante hoje. Não só por isso, mas vem mais por aí...
Foram anos de batalha, dentro e fora de casa, literalmente e globalmente, para que esta pessoa fosse olhada como eu sempre achei que merece. Apesar, além e mesmo sendo...meu marido -- a criança comilona e brincalhona que habita a minha casa -- profissionalmente é um mestre, um talento nato, e um cara legal. Chaaaaaaato! Engraçado, divertido, trabalha como se fosse hora do recreio, e na hora do recreio só trabalha. A vida dele é o set de fimagem. Sem isso ele definha, desparece, morre à míngua.
Todos nós sempre soubemos onde ele ia chegar. E que ainda vai além... Mas de qualquer maneira, a publicacão desta matéria é a consolidação de tudo o que foi plantado. Não que ela o esteja premiando, mas o está colocando na vitrine onde deveria estar desde sempre: o mundo!

Babona, me despeço por hoje. Feliz.

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

And my Oscar goes to...

Ufa! Que canseira.
Os últimos trinta dias foram uma correria louca e eu mal tive tempo de me olhar no espelho. Hm...mentira: me olhar no espelho foi o que eu mais tive que fazer, mesmo sem querer ou gostar. O fato é que desde que saiu a lista dos indicados eu não parei. Primeiro porque tive que triplicar o tempo de exercícios diários. De uma hora e meia, passei para quatro horas pois eu tinha engordado um pouco, e a televisão aumenta demais. Aliás, alguém pode por favor mandar queimar todas as TVs de plasma widescreen? Quanto eu tenho que emagrecer pra sair magra em widescreen? Isso não é justo. Se a Gwyneth Paltrow parece um abajour em widescreen, eu vou parecer o que? Uma versão branca da Queen Latifa?
Anyway...fora os exercícios para tentar salvar a imagem, tive todas as entrevistas e fotos, e tive que ir fazer uma cena em fundo branco para a Academia, depois começaram os telefonemas: Armani, Valentino, Stella McCartney, Reinaldo Lourenço, Donatella Versace, Dolce&Gabana...ai ai ai...será que essa gente tem noção do quanto eu odeio experimentar roupa? O quanto eu abomino bajulação? Até 15 dias atrás eles nem sabiam que tinha uma loira gorducha no Brasil metida a escrever. Agora ficam me achando linda e querendo me dar vestidos de presente. Mas okay...faz parte do jogo, vou ter que me render a isso também. Também! porque estou tendo que me render a outras banalidades insuportáveis: joalheiros também me ligaram para oferecer as jóias para usar com o vestido que eu escolher. Fora os sapatos. Será que alguém vai mesmo olhar para os meus sapatos? Pelo amor de deus! A Cameron Diaz vai estar lá! Ela deve calçar 40, o pé dela aparece muito mais que o meu -- sem falar na Julia Roberts...
Então...tudo isso e o cabelo. O cabelo e o make up. O make up e a passagem. A passagem e o hotel. O hotel e o discurso. Será? "Será que eu faço a estrangeira rebelde e faço meu discurso em português? Acho feio demais. Acho que vou fazer em inglês mesmo e no final falar alguma coisa em português; fica mais simpático. Mas não vou dedicar o prêmio aos cineastas do meu país. Na na ni na não. Seria hipócrita. Eu detesto o que eles fazem. Posso dividir essa glória com quem tem tentado com competência: Waltinho, Fernando e Andrucha. Nem. Só Waltinho e Fernando. O Andrucha casou com a chata da Fernandinha Torres. Quem mandou? Mas posso dedicar a algum cineasta mexicano? Eu queria...mas é feio."
So...só correria, correria, correria, até que finalmente chegou o dia. Aff...e eu ainda tenho que ficar linda -- isso não é justo: o Peter Jackson recebeu o Oscar por Senhor dos Anéis com um terno saído do bucho da vaca e a camisa toda suada. Ele tava um escracho! Mas eu sou menina, né? Meninas sobem no palco do Oscar todas lindas. E tem que chorar.
"Ai não! Eu sei que eu vou chorar. Eu ficou horrível quando choro! - I'd like to thank the members of the academy... and the MAC water proof eye liner".
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Ok, kids, tudo isso eu escrevi ontem no hotel, roendo tudo o que encontrava de tão histérica.
Agora a festa acabou, estou no backstage postando pelo celular e, daqui a pouco, vou para uma super festa em Malibu que a Warner Bros está oferecendo para comemorar o Oscar de "The Departed". O que eu queria dizer é que estou feliz demais pelo Scorcese que merece esse prêmio mais do que ninguém. Não que o Alejandro não mereça, mas é só a primeira vez que o Alejandro é indicado; o Scorcese entrou na fila há muito mais tempo. E eu? Bom...será que eu deveria estar triste por não ter ganho? porque não estou. Na verdade eu nem acho Little Miss Sunshine um grande roteiro. Acho uma delícia de filme, o Michael Arndt é uma delícia de pessoa, mas hey! E eu sou o que?? O Michael escreveu Little Miss sunshine em três dias. TRÊS DIAS!! Vou repetir: ele escreveu em 3 (três) dias. 72 horas. 3 voltas da terra ao redor do sol. Sabe quanto tempo eu levei escrevendo o meu? Pfft...melhor nem contar. Antes do filme entrar em cartaz, ele assinou um contrato milionário com a Pixar pra escrever roteiros (depois desse Oscar eu quero ver ele não querer sair do emprego novo), e por Little Miss Sunshine ele ganhou um milhão de dolares. "Não dava pra me deixar subir no palco, seu egoísta?"
Well...de qualquer maneira, fui indicada e estava ali na platéia , sentada bem pertinho da maioria dos meus ídolos ainda vivos. Isso não tem preço.
Avisa então pra todo mundo que dessa vez não deu, mas outras virão e, agora que eu peguei gosto por telefonemas do Armani e etc...ninguém mais me segura: vou refazer meu guarda-roupas.
Vou pra festa agora, depois vou pro hotel dormir, sem hora pra acordar, pela primeira vez em 40 dias.

Um beijo amigo no seu umbigo


2:58 am, 26 fevereiro 2007...durmo e escrevo enquanto sonho, antes que o despertador toque e seja hora de sentar no meu computador para escrever de uma vez o roteiro que deveria ganhar best original screenplay em um ano qualquer entre 2005 e 2015, antes que o mundo acabe, a amazônia seja invadida ou uma bomba nuclear iraniana destrua Hollywood.

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Outro post sobre o post abaixo

Natasha e Verônica, brincando de tirar foto.

Calma, crianças.
Está tudo bem. Escrevi o post abaixo ontem à noite, ainda tomada pelo cansaço gigante de todo o stress do dia, com a pernas moles e o coração apertado. Mas como todo mundo sabe, sofrimento pra mim, é coisa pra durar pouco.
Saímos do hospital já com a Natasha ensaiando alguns passos de dança. Ela passou super bem a noite e hoje já acordou com toda a mexicanada no quarto. Sim sim...Som alto, cantando junto com a música toda empolgada e dançando. A essa altura do campeonato eu digo que se o "alívio" canta, ele canta em espanhol, e dentro da minha casa.
A mexicanada está correndo solta lá dentro daquele quarto. É tanto, que quando a Shakira começa a cantar eu respiro tranquila, achando que a música começa a ficar boa. hahahaha! E pela primeira vez em dois anos, nada me incomoda. Pode cantar em espanhol! Canta mais alto!

É incrível como ela tem o talento de encontrar músicas em espanhol cantadas por gente que a gente nem sonhava que falasse algo além de inglês, ou ebonics. hahah! Não faço idéia de onde vem isso tudo.
Well...that's it. Ontem foi ontem. E hoje parece ser um dia muito diferente de ontem.

Bom dia!
E obrigada pela preocupação.
Beijos

Frágil

A terça-feira de carnaval começou preguiçosa com café na cama. Já era tarde para um dia comum. Cedo para um feriado. O céu todo indeciso, sem saber se traria sol ou chuva pela porta recém-aberta para o jardim. Eu olho no celular: quinze para o meio dia. Sanduíche quente de cottage e peito de peru, café forte e cheiroso, preguiça mortal.
Meu cozinheiro de feriado desiste de estar vivo e volta para a cama. Eu pego um livro e vou ler no sofá. Dia preguiçoso. Preguiça de ligar a TV, pensar em almoço, ligar para alguém.
Às duas da tarde a casa inteira finalmente termina de acordar e decide encarar o que precisa ser encarado. Protestos. Na noite de ontem eu jurei como Scarlet O'Hara: "Amanhã, vagabundearei solenemente. Ninguém me tira daqui!"
Não é bem assim que funciona.
Semana de check up familiar. Todos no médico. Todos com pilhas de requisições de exame pedindo para serem usadas. Um tinha um M.A.P.A. para devolver no hospital, às quatro da tarde, depois de ter a pressão arterial registrada a cada vinte minutos durante 24 horas.
O que não tem remédio remediado está. Todo mundo se arrumando para almoçar fora e ir até o hospital na sequência. Mais protestos. "Isso não é dia de sair de casa!"
Pois bem. Almocemos.
No meio do almoço, minha filha se queixa de uma dor estranha nos olhos. Dois minutos depois a dor virou uma dor de cabeça súbita e inexplicável. O que eu achei que resolveria com um tylenolzinho, virou um terror. Vinte minutos depois, estávamos entrando no Hospital Albert Einstein no Morumbi, não mais com um aparelho de pressão para entregar; mas com uma menina pálida, chorando, sem cor nos lábios e quase sem conseguir andar. Mais dez minutos e ela estava no soro, tomando medicamento intra-venozo para aliviar a dor que já doía mais em mim do que nela. Foi o tempo de o Cláudio chegar ao quarto andar do Hospital, e eu já estava com ela medicada na emergência, gemendo, com dois médicos e um enfermeiro à sua volta.
Mais cinco minutos e ela me diz que está pior e quer vomitar. Pronto! Quem já teve filhos, quem já estudou um pouco sobre problemas neurológicos, quem já teve um amigo com tumor no cérebro, pode imaginar todas as voltas que a minha cabeça deu, por onde andou, e os dez filmes de terror que eu assisti em segundos. Pânico!
A médica me diz que vai esperar o medicamento fazer efeito e ela estar em jejum para fazer uma tomografia craniana e logo depois o neurologista estaria conosco. E os filmes na minha cabeça ficando mais e mais pesados.
Um pouco de Dramin na veia e ela adormece parecendo mais tranquila. O quarto escuro, ela deitada ali tão pálida e eu tentando não deixar que o chão saia de debaixo dos meus pés.
Muito pouco tempo depois ela volta a gemer, reclama de muita dor. O médico prescreve um anti-inflamatório, o enfermeiro vem adiministrar. O tempo não passa. A cor dela não volta. Onde foi parar o vermelho dos lábios. Eu quero de volta o vermelho dos lábios!
Hora da tomografia e eu tentando olhar para a cara do meu marido de uma forma que o tranquilize. Meu olhar tenta dizer: "Calma...vai ficar tudo bem." Mas eu percebo que o olhar dele é tão falso quanto o meu, tentando me dizer a mesma coisa; e nós dois ali querendo dizer ao outro: "Eu sou forte. Pode se apoiar aqui."
Mas a verdade é que a vida é frágil e as certezas também. Ser forte é muito fácil quando se tem controle da situação, quando a vida não está mexendo nos seus tesouros, quando o mundo não quer desabar sobre a sua cabeça. Durante as quatro horas mais longas da minha vida eu fiz cara de forte, mas por dentro estava dilacerada, pequena, frágil, fraca, arrasada. A vontade que eu tinha era de deitar ao lado dela e dizer para a dor mudar de corpo. "Deixa que eu sinto tudo isso pra você."
Quando o enferemeiro veio colocar o soro e perguntou se ela tinha medo de agulha, a resposta me cortou o coração: "Não. Eu tenho medo de dor."
E aí, isso não corta qualquer coracão. Só o coração de quem conhece bem essa menina. Ela é mimada, manhosa, dramática; faz drama pra tomar comprimido, faz drama para tudo, não deixa tirar um band-aid. Mas a dor era tamanha, que ela praticamente pediu ao enfermeiro para enfiar de uma vez alguma agulha para que o remédio pudesse fazer efeito logo. Corta sim. Corta o meu coração.
Meu coração fica estraçalhado sempre que as lágrimas de um filho são de dor. Já quis tanto estar no lugar do Diogo, naquela época que a gente não sabia o que ele tinha e ele passava mal vinte e quatro horas por dia durante mais de três meses. Perdi o sono sempre que esperei o resultado de um exame pelas enxaquecas dele ou as outras coisas que , graças a deus , já têm solução. E agora, por poucas horas, todos os meus pesadelos voltaram, mudando só o personagem. No final das contas, não se descobriu nada. Ela está bem e em casa. A tomografia não deu nada. Não se sabe o que causou a dor súbita, vamos ter que continuar pesquisando e lá vamos nós de novo....mas pelo menos não era nenhuma das coisas horríveis que eu (e a médica) pensei.
De todas as certezas da vida, frágeis ou não, existe uma inegável: Quando um filho nasce, você consegue vê-lo crescer, imagina seu futuro, faz planos, sabe o que quer para ele, conhece os caminhos a serem percorridos para dar a ele todas as ferramentas necessárias para ser uma pessoa completa, inteira, feliz. A única coisa impossível de se imaginar é perdê-lo.

Hoje, diferente de sempre, estou pequena, consciênte da minha impotência e assustada. Apesar de tranquila com o resultado.

sábado, fevereiro 17, 2007

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

_vida me leva...

O tempo passa, o tempo passa, e as pessoas aparecem na minha frente de tempos em tempos para fazer a mesma pergunta: qual é o seu maior sonho? Qual é o seu objetivo na vida?
Ai! Que invasão de privacidade...que coisa desagradável.
Eu não sei pensar nisso. Não aprendi, não nasci com o gene de quem pensa nisso. Não tenho temperamento para isso. Daí ele me diz: "mas que coisa vazia não ter um grande sonho".
Eu não tenho, dá licença? E a minha vida está tão longe de VAZIA, meu coração está tão longe do abandono, meu caminho está tão longe do deserto...
Eu invejo quem tem grandes ambições. Juro. Porque toda vez que eu parei pra pensar no que queria da vida, tive uma dificuldade gigantesca para me responder. As palavras não aprecem. As imagens ficam embaçadas. Eu quero tudo e não quero nada. Acho que quero viver e ser feliz.

Eu sempre me juntei a pessoas com grandes ambições e ajudei a planejar e alcançar cada um de seus objetivos. E a quem não tinha uma ambição eu apresentei uma. Sou boa nisso. Quem sabe esta seja a minha missão por aqui?
Quando eu era uma namoradeira inveterada, minha mãe conhecia um namorado meu e dizia sempre a mesma frase: "Lá vai ela...transformar um ninguém em um grande homem para depois ir embora." Era isso mesmo. Sempre foi isso mesmo. Colocar coisas no mapa. Colocar pessoas na lista. Instalar lâmpadas e lanternas para que tudo seja finalmente enxergado. Depois, tirava "as rodinhas da bicicleta" e deixava a criatura viajar sozinha.
Isso não faz de mim nada especial. Isso eu faço sem querer, fácil, com o pé nas costas. E talvez eu tenha vindo ao mundo pra fazer só esse tipo de bobagem.
Deus perguntou: "E aí? O que vai ser? Ser grande, ou estar por trás dos grandes?"
Hm...essa imagem me tranquiliza. hahaha.
Esta semana ouvi de uma alma amargurada: "o que é você? Algum tipo de anjo que aparece quando a gente precisa?" Será? Só porque eu vejo melhor a sua dor e a solução para ela do que veria a minha própria? Só porque eu sou metida e não tenho papas na língua? Só porque você estava triste e eu resolvi falar com você? Não sei. Talvez eu esteja aqui para isso. Eu, tão confusa e atrapalhada, sou capaz de tirar pessoas do limbo, de trazer de volta à vida quem estava desistindo. Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço, é o lema. Se você fizer o que eu faço, vai entrar num buraco, porque eu nunca faço nada muito certo. Mas se ouvir as minhas palavras, vai sair desse seu buraco negro. Vem cá. Põe a mão aqui e pode roubar a minha energia porque ela deve estar aqui pra você.
Mas e os meus próprios sonhos? E meu goal in life? Cadê?
Passei a vida deixando que ela me levasse. A primeira vez que fui invadida e ferida gravemente, foi por um chefe que me disse: "Você tem que querer ser a melhor. Não existe nada abaixo dos melhores." Ai! Cala a boca! Eu nunca pensei nisso, nem sei como é tentar isso. Eu tinha 18 anos e era tão feliz! Com que direito chega um cara amargurado com mais de 30 e me diz um barbaridade dessas?
Treze anos depois casei com essa pessoa que anseia ser o melhor; e vem conseguindo a cada dia superar os melhores de uma maneira quase avasssaladora. E ele me diz: "você tem que lutar para ser a melhor."
Ai...eu sou! Eu sou a melhor mulher que você poderia ter. A melhor mãe que meus filhos poderiam sonhar. A melhor amiga que alguém pode ter. A melhor filha. A melhor conselheira. A melhor patroa. Faço o melhor empadão de camarão que você já comeu. Sou a melhor partner in crime que você jamais sonhou. A melhor crítica do seu trabalho que só faz melhorar. O melhor papo da madrugada no msn. A melhor namorada. A melhor enfermeira. A melhor realizadora dos seus sonhos. A melhor platéia dos seus feitos. O melhor apoio nas horas complicadas. A melhor roteirista dos seus passos. A melhor presença...chega?
A vida sempre me levou, apresentando as alternativas e os caminhos nas horas exatas. A vida sempre me presenteou com surpresas não planejadas. A vida sempre me premiou com a capacidade de enxergar o caminho, milhas além de qualquer um.
Eu não preciso ter um sonho. Eu passo a vida sonhando. Acordada. Do not disturb!

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sábado, fevereiro 10, 2007

Pessimismo?

Como eu sou feliz! Meu computador novo recusa-se a abrir o Power Point.
Não é uma glória? Agora eu não preciso mais abrir nenhum arquivo PPS. Na verdade eu já não abria, mas às vezes chega um ou outro de alguém que eu ainda considero, então eu me arrisco...
Agora nem isso! Se eu não resistir à terrível tentação de descobrir se aquela pessoa que eu ainda julgava esperta, finalmente se rendeu à miséria intelectual, meu computador me lembra: "Esquece, Mercedes, mais um caso perdido." E fecha o power point antes de eu saber do que se trata o slideshow breguinha!
Isso sim é a tecnologia usada para própria proteção.
Na verdade acho que os governos deviam se preocupar mais com a miséria intelectual. Veja bem: a Rede Globo está fazendo um melodrama com essa coisa de estipular conteúdos para cada horário e colocar um aviso de recomendado ou não para tal idade, na programação. Oh!... estão falando até em volta da censura. Neste caso eu discordo. Isto é uma volta AO BOM SENSO.
A Globo acha que é responsabilidade dos pais tirarem as criancinhas da sala se a Thelminha for transar com o George antes das 10 da noite. Sim....sim...vamos lá! Todos os pais, tranquem seus filhos no quarto ou aluguem um DVD! Assine TV a cabo! Principalmente se você mora na favela, num barraco de dois cômodos, e ganha trezentos e cinquenta reais por mês. É claro que se essa é a sua condição, você mora no trabalho de segunda a sexta. Então não esqueça de avisar à sua filha mais velha, de 11 anos, que cuida dos seus outros 3 filhos durante a semana, que ela precisa passar na Blockbuster e alugar uns desenhos!
Mesmo tão longe da favela, eu me pergunto se essa liberdade de ver qualquer meleca a qualquer hora, em qualquer idade, não fez das minhas companheiras mandadeiras de arquivo power point essa coisa de mal gosto que elas são hoje.
Sem falar do resto da população que nem teve acesso a nada mais ou menos melhorzinho!
Acho super apropriado que uma menina de 10 anos dance como as loiras do É o Tchan, você não acha? Acho que o figurino do Calypso é tudo o que uma menina de 8 devia querer usar. Acho também super interessante que as 8 da noite, a Luciana Gimenez intreviste a menina de 16 anos que ganhou uma Ferrari do "amigo de 60" e não querem deixar posar pra Sexy. Acho lindo o marido trair a mulher na novela das sete... Que que tem??
Que puritanismo é esse? Quem nunca viu um peito? Quem aos 9 anos não sabe que os casais fazem sexo? Quem não sabe que é normal o patrão estuprar a filha da empregada? Você acha que faz mal isso? Claro que não...
Meu deus! Ta tudo virado...as pessoas perderam a ética, as crianças sabem mais do que precisam ou do que tinham curiosidade de saber, o mal gosto reina absoluto, a ignorância domina a população!
Ai ai ai...se depois da ditadura a gente não tivesse confundido controle com censura, talvez o mal gosto não imperasse hoje no país. Talvez o presidente soubesse falar e não achasse que a América Latina inteira vai de Ushuaia à Patagônia....e talvez o povo escutasse o discurso e visse que ele estava errado, porque o povo saberia que Ushuaia É na Patagônia! Talvez ninguém estivesse conformado com a violência nas cidades. Talvez a polícia fosse mais honesta. Talvez as pessoas que hoje estão com 20 anos tivessem mais noção de certo e errado, tivessem mais cultura...talvez o sensacionalismo não fosse a mola mestra da mídia no Brasil! Talvez a gente não se acostumasse à miséria, não fosse tão indiferente, soubesse ainda gritar.

Sei la...será que eu sou antiquada? Será que o padrão nacional é alto e eu que sou metida a besta? Será que a programação da tarde na TV é mesmo o reflexo do país em que vivo? Pera...deixa eu lembrar: quem vê televisão à tarde mesmo? As mulheres que ficam em casa, né? Copiam receitas, ouvem fofocas sobre celebridades, aprendem artezanato, ouvem psicólogos "de porta de emissora" dando pitaco sobre o comportamento do marido que bate na mulher, e outros assuntos super esclarecedores...Hm...acho que está explicado. Sim sim, senhoras e senhores, a programação da tarde é sim o reflexo das mulheres do meu país...
Vou sugerir ao governo que além das legendas que está pretendendo colocar na programação -- recomendado para maiores de 13, maiores de 16, etc -- que coloquem um letreiro gigante assim: "O ministério da cultura adverte: este programa pode causar burrice e breguice irreversíveis".

Bom domingo. Tentem evitar o Gugu.

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

O Cativeiro e as Reticências

Vamos brincar de ilha deserta.
Numa ilha deserta você fala sozinho e ninguém está lá pra te chamar de doido. Ok, não precisa ser numa ilha deserta...alguns lugares abertos e solitários se parecem mais com um cativeiro. Então podemos brincar de cativeiro, ou de "cabana linda no campo sozinha com meu computador"...o telefone não vai tocar, ninguém vai me perguntar o que vai ter de almoço, eu nem vou ver a cara das pessoas que vão conviver comigo, porque elas não existem e podem ser lindas hoje, feias daqui a pouco ou simplesmente vagar por aí sem rosto. Pensando bem, não são asssim as pessoas que a gente vê - sem ver - passando na rua, naquele ônibus lotado, entrando e saindo do banco, no supermercado, nos carros na marginal? Grande parte da população só adquire um rosto depois que olha no seu olho a primeira vez. Mas são tão poucas as que fazem isso, se você comparar com a população mundial...
Por que será que eu uso reticências? Eu gosto de escrever como falo e eu falo com reticências. De que outra maneira se pode pontuar um pensamento que não acabou na palavra. Veja bem (Mercedes) - eu to falando sozinha, lebra? - Se eu peço para você comparar o número de pessoas que te olham nos olhos com a população total do mundo, a minha frase não acabou em "população mundial". Ela só vai acabar depois que você mover seus olhos um pouco para a esquerda e pensar em bilhões de pessoas x milhares de pessoas. Em frações de segundos, sua mente vai viajar para alguma cidade atrolhada da África, atravessar um deserto extenso com alguns camelos e beduínos, passar pelo Cairo e seu trânsito infernal, correr pra Tóquio, Hong Kong, Berlim, Afganistão, estradas lotadas de carros, uma loucura de bicicletas em alguma rua da China...ponto. Ah...agora a frase acabou. Eu não posso evitar as reticências. Preciso delas para não ser didática. Ou você acha que seria mais interessante eu colocar entre parênteses um mapa com o caminho que o seu cérebro deve percorrer depois de uma frase minha? Ha! Mercedes, eu adoro quando você explica coisas. Hahahah!
Então vamos para este cativeiro, ao ar livre ou não, no campo ou não, me diga aí onde você acha que eu devo estar, porque pra mim tudo bem. Tudo o que eu preciso é chegar à conclusão de que eu TENHO que escrever. TENHO, quer dizer: PRECISO. TENHO é TER...e é fato consumado. Se eu TENHO alguma coisa, ela já é minha. Sim...eu TENHO essa obrigação. Now! Agora! Urgente! Anda! PRECISO é verbo e não é...PRECISO de PRECISAR, PRECISO de CERTEIRO, EXATO, ABOSLUTO. Eu TENHO que escrever algo PRECISO, DEFINITIVO, ABSOLUTO. E eu PRECISO absolutamente disso, agora! Now! Urgente!
Talvez reclusa no cativeiro eu consiga, eu faça, eu queira, eu seja precisa e tenha. Talvez depois de dias de cativeiro eu TENHA o que eu PRECISO!
Entendeu o drama? Neste exato instante, eu tenho que me livrar das reticências e colocar um texto de 120 páginas no lugar delas. Estes 3 pontos, devem ser precisamente substituídos por 120 páginas, aproximadamente 60 cenas que fazem aproximadamente 10 sequências, pelo menos 3 grandes clímax(es) fora os 10 pequenos das 10 sequências, tudo isso seguido de um final matador, irreversível que te faça ficar calado como numa grande sequência de reticências ao final de uma frase monstra! Entendeu? Precisamente isso. Eu TENHO que fazer, porque PRECISO dizer que eu TENHO pronta e precisa esta pilha de papéis, sem dúvidas ou reticências... Ai.

Céus!
Não, não se preocupe, eu estou falando sozinha. Dentro de mim moram monstros. Um deles não para de montar um gigantesco quebra-cabeças, enquanto o outro pensa no que vai fazer pro jantar, não esquece a roupa na lavanderia, cadê o cara que vinha colocar as telas no quarto do Di, putz...perdi de novo a reunião do colégio, melhor o Rafael não vir hoje, porque meu corpo está reticente e não quer saber de mais peso do que já existe aqui dentro....o final do primeiro ato está bom, mas acho que tinha que acontecer alguma coisa ali na terceira cena que tá meio parada...O café vai acabar, preciso ir ao supermercado...será que faço peixe pro jantar?

Alguém me interna.

Bom dia. Sem reticências.

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Cigarrinho inocente



Houve um tempo em que a inocência era tão grande e a ciência tão precária, que fumar era lindo, chique, glamuroso, prazeiroso e até o médicos recomendavam.
Hoje, a piada corrente é: um homem vai para o jardim dos fundos de uma casa onde está acontecendo uma festa. Acende um cigarro e senta no banco do jardim. O pooddle da família sobe no banco ao lado dele e pergunta: "O que está fazendo aqui? Fez cocô no tapete também?"
É essa a sensação de ser fumante nos dias de hoje. Principalmente na California - estado comandado por um governador "saudável, fortão, sarado". Hoje é proibido fumar nos bares, nos cafés e, pasme, nas mesas das calçadas dos cafés. Uma carteira de Marlboro Light custa quase 5 dolares (R$10,42), e não é muito difícil que o indiano do 7eleven te aconselhe a não fazer essa bobagem, quando você está tentando comprar só 20 cigarrinhos para o seu próprio prazer."Juro que nem vou traficar. Sou usuário!"
A única salvação dos fumantes na Califórnia são os motoristas de taxi africanos. Assim que você entra no taxi, escuta duas frases: 1. pra onde vamos hoje? 2. pode fumar se quiser.
Sim, claro...motoristas africanos fumam (eles também convidam passageiras loiras para tomar um drink, um café, um banho, amanhã à noite; mas isso é outra historinha).
Mas...hove um tempo em que tudo isso era ficção. Coisa para fábulas futurísticas do
Aldous Huxley, como "Admirável Mundo Novo": totalmente fora da realidade!
Preste atencão em algumas coisas inconcebíveis em comerciais nos dias de hoje:
. Uma criança grita o slogan.
. Os desenhos de abertura que retratam Desi Arnaz e Lucille Ball são completamente infantis.
. Tanto Lucille quanto Desi estão péssimos!
. A fotografia é um lixo: olha a sombra deles na parede da sala!

bom dia!
Vou fumar um cigarro...

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

La Femme est Fatalle

Eu fico pensando o quanto interessa realmente a todo mundo a vida de verdade de uma mulher comum. O pior é que interessa...mas eu não entendo como. Por exemplo: você acreditaria se eu contasse que a Condolisa Rice tem TPM, ataque de gorda, bad hair day? Que tem dias que a Rainha Elizabeth não sabe o que vestir porque se sente horrível, desinteressante e com uma barriga descomunal? Que tal contar que a Merryl Strip tem ódio mortal do fato de não poder fazer uma plástica no nariz, porque seria criticada?
Eu não sei como são os homens, mas nós, mulheres, temos esses ataques de insegurança desde que deus tirou uma costela de Adão para criar esse serzinho complicado. Também! Uma costela? Quer pedaço mais mal acabado?
Desde então, lá fomos nós, sendo bajuladas, adoradas, musas de poetas, pintores e filósofos...Eles com seus cérebros avantajados, jamais perceberam o que passa dentro dos nossos. Passaram a história sendo manipulados pela paixão, ou mais diretamente pelo poder de sedução de corpos arredondados e cabelos com cheiro de alfazema. Reis foram alimentados por mulheres brilhantes que sabiam o que queriam para o futuro deles. Generais guerrearam pelo amor de mulheres impossíveis e ardilosas, que guiaram o destino de nações de acordo com seu capricho pessoal. Imperadores foram mortos por suas mulheres...falsos herdeiros foram paridos e assumiram tronos. O sangue real errou de veias milhares de vezes. E à menor suspeita de manilpulação ou traição, uma mulher derramou lágrimas de mágoa que cortaram o coração do Rei impiedoso, que acabou sempre por enxugar-lhe o rosto e presenteá-la com uma jóia fenomenal.
Criatura perigosa essa que saiu da costela de Adão. Analisando a mulher por este lado, faz-me pensar se não foi o pobre incauto Adão quem saiu de um pedaço mal acabado da mulher, tipo o apêndice! Corajosos e destemidos guerreiros, sempre dominados por uma frágil e doce mulher de pele macia e voz dócil. Seja a mãe, seja a amada, não há um grande homem na face da terra que não tenha ao seu lado, ou logo atrás de si, uma mulher poderosa com olhar frágil e lágrimas fáceis. Mulher esta que pode erguer ou aniquilar sua carreira, seu futuro e sua reputação com o estalar de um dedo. Grandes mantenedoras dos segredos reais desde sempre, as amantes tiveram papel fundamental na história da civilização. Não há um grande homem que não tenha mantido em segredo um amor e com "ela" seus segredos e planos mais audaciosos. Muitos foram traídos quando tentaram neutralizar o poder da amante. Muitos foram derrubados por dedos e lábios delicados.

E mesmo assim, com todo esse poder, toda mulher tem ataque de gorda, coloca o guarda-roupa abaixo em dias de TPM, come demais quando está triste ou com raiva, chora quando não tem mais argumentos; se joga na cama como uma adolescente dramática quando é contrariada...tem ódio de ficar menstruada em dia de festa; pelo menos uma vez na vida mudou radicalmente o cabelo num momento de raiva e ficou horrível; pelo menos uma vez na vida jurou que ia sair por aquela porta e agarrar o primeiro homem que passasse na rua; pelo menos uma vez na vida escreveu uma carta melodramática de despedida...
Mesmo com tanto poder, a gente ainda adora pensar que é menina, frágil, e precisa de proteção...
Animalzinho estranho esse!

p.s. Esqueci de dizer que comecei a escrever isso porque hoje estou com um vestido que me deixa uma baleia!

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Being Brazilian

Boa noite, ladies and germs...

Aqui estou eu de volta do lugar que amo...outra vez...porque deus é pai, não é padrasto!
Um dia há milhares de anos, eu escrevi uma carta para o mundo, agradecendo por coisas que já teriam acontecido no meu futuro, assim...como se eu fosse louca. Um dos agradecimentos dizia assim: "Obrigada por todas as minhas idas e vinda à Los Angeles, cidade que eu amo e me recebe sempre como a um filho que retorna."
Wow! Funciona! Isso foi escrito há uns 10 anos, e ontem de manhã um cop negão de dentes brancos estava me dizendo: Boa viagem, volte logo!
De todas as minhas viagens essa foi a mais atípica. Não tive tempo para passear na praia olhando o céu, nem ver meus amigos, nem nada do de sempre. Foram dias malucos, de acordar cedo e ter aula das 9 da manhã às 8:30 da noite, absorver informação, informação, informação, até o cérebro começar a fritar. Chegar no hotel à noite, pedir comida no quarto e morrer de cansada às 10:30.
Fiz as contas hoje, e descobri que em 6 dias vi mais de 16 filmes -- contando com os do avião na ida, os do avião na volta, os do curso, os do "dia livre para shopping" que se transformou em dia internacional da pipoca: sessão enlouquecida de cinema, saindo de uma sala e entrando na outra. Bom demais.
A última vez que eu fui, também para estudar, senti que algo havia mudado na reação das pessoas ao ouvirem a resposta para : "where are you from?" Antigamente, quando eu dizia que era brasileira, via uma reação de estranhamento por eu não parecer com a Sonia Braga...ou no máximo uma certa curiosidade do tipo: você dança tango? (maldade.hahaha) E eu me lembrei de agradecer ao Fernando Meireles e Waltinho Salles por nos fazerem existir! Porque agora, a reação é: "Nossa! Você é brasileira? Como tem gente talentosa no seu país...!"
É tudo novidade... há alguns anos (e ainda em alguns lugares) quando a gente chegava num evento, só encontrava brasileiro trabalhando. Tem sempre um garçom brasileiro, outro servindo café, a moça da limpeza...Desta vez éramos quatro; todos pagantes, alunos, respeitados, iguais aos outros. Não éramos ETs. Ao contrário.
1. Flávio Alguma Coisa: coordenador do núcleo de escritores da Rede Globo
2. André Dória: diretor, roteirista, pai de 4 filhos e gente boa
3. Ian McKee: ator em Los Angeles, vencedor de um Bachelor (hahah isso é incrível) escritor e lindo -- tipo assim um holograma...escritor bonito não existe!
4. Euzinha.
E aí eu fiquei pensando na semana que passou: eu vi a Salma Hayek na TV apresentando os indicados ao Oscar com lágrimas nos olhos, toda emocionada porque o México tem várias indicações (Babel e Pan's Labyrinth e ainda Penélope Cruz com Volver)...e descobri que a nossa hora chegou. Precisamos agradecer a esses 3 homens -- Alejandro Iñaritu, Waler Salles e Fernando Meirelles -- por mostrarem a Hollywood que os Latinos têm histórias para contar e sabem contar muito bem, obrigada. Mas não vamos generalizar, por favor... Eu ainda acho o cinemão brasuca o lixo que sempre achei - me processe! Mas no que diz respeito a Waltinho e Fernando, eu tiro o meu chapéu. O que eles fizeram por nós não tem preço. E o que o Alejandro Gonzales Iñaritu acaba de conseguir, também abre as portas para nós, mortais no terceiro mundo!
E pela primeira vez na história, é tempo de ser Brasileiro. Estão olhando para nós com olhos que vão além do serviço doméstico. Estamos na moda! Ufa...até que enfim.

Fora isso, que é muito, foi tudo muito bom. Fiz contatos incríveis com gente do mundo todo, todos de olhos e alma bem abertos para saber tudo de todo mundo. Tipo "small planet" mesmo. Adoro! Pessoas falando um mix de línguas para se fazer entender. Babel no bom sentido. Isso é lindo.

É isso, kids...estou exausta e feliz.
Mas acho que isso nem é novidade pra ninguém.
Agora eu vou dormir.

Um beijo amigo no seu umbigo.