Não mente...você já pagou micos homéricos nessa vida de meu deus e, mesmo que você se recuse a admitir, a gente sabe. Acho até que a gente viu.
Há momentos em que você duvida da existência de um Deus que te protege, ou um anjo da guarda que, pelo amor de deus, se existisse deveria estar acordado! Ele é pago pra isso: pra evitar que você passe por um momento lastimável que, pós-terceiro milênio, pode ter proporções estratosféricas com o advento da câmera-digital-na-mão-de-qualquer-imbecil.
(As lojas deviam ter psicólogos elaborando testes de imbecilidade em possíveis compradores de celular com câmera, ou mini-câmeras digitais baratinhas e discretas)
Anyway...alguns desses meus momentos eu tenho vergonha de lembrar. Talvez ninguém lembre, mas eu não consigo esquecer.
A eles.
1
. Quando: aos 8 anos
. Onde: na casa da minha tia torta, que tinha uma piscina com apenas 30 cm de água.
. Testemunhas: minha prima e o sobrinho da tia torta - por quem eu era apaixonada
. Fato: Estávamos vestidos com roupas normais, conversando em pé dentro da psicina., água na canela.
Minha prima era magrinha e delicadinha, por consequência, tinha o poder de brincar com os meninos fazendo as mesmas coisas que eles. Ela também tinha vários irmãos mais velhos, o que fazia dela um tanto mais esperta do que eu em quase todos os assuntos - menos em se sentir sem sal e sem atrativos...porque eu era expert nisso.
Sabe deus qual era o assunto, quando eu resolvi fazer uma super demonstração de balet. Fiz todos olharem para mim e soltei uma frase que ainda lembro:
- Olha! olha! Aquelas mulheres assim ó!
Fiz uma pirueta e arrematei com uma grande e fantástica elevação de perna.
Adivinha? Escorreguei na piscina, caí de bunda e bati a cabeça. Quando abri os olhos, minha prima e o garoto que eu gostava estavam se matando de rir da minha cara.
2
. Quando: No mesmo dia
. Onde: no mesmo lugar
. Testemunhas: as mesmas
Depois das risadinhas, eu estava arrasada. A conversa mudou. Os dois, super espertos sabedores de todos os assuntos que eu não fazia a menor idéia, falavam coisas que pareciam grego e davam risadinhas que despertavam os meus instintos assassinos e suicidas ao mesmo tempo.
Quando de repente os dois me cercam no canto da psicina (eu com a roupa molhada, humilhada, arrasada) e ela pergunta de sopetão:
- Você é virgem? É sim, eu sei que é. Hahaahha! (risada malvadona)
Eu entrei em pânico, olhei nos olhos dele procurando por abrigo...mas não encontrei nada além do mesmo olhar acusador dela. Pânico! Pânico! Que diabo é isso? Virgem? Socorro, alguém me chama pra almoçar! E respondi:
- Claro que não, sua burra!
Oh deus...ainda quando lembro disso meu estômago vira. Juro. Se eu não tinha perdido o menino porque era desajeitada e tonga, perdi por que não era virgem, ou porque era bobinha demais pra saber que era. Oh my god moment.
3
. Quando: Algum momento entre 1986 e 1989
. Onde: No restaurante da minha amiga Joana
. Testemunhas: Meio mercado publicitário
Alguém teve a idéia de fazer uma festa brega. O restaurante seria fechado para nós. Por uma necessidade que eu não entendo, tínhamos que vestir a coisa mais brega já vista e comparecer ao restaurante da Joana na hora marcada para rirmos uns da cara dos outros. Oba!
. Figurino: colant verde água de lycra brilhante, com ziper na frente. Meias combinando, da mesma lycra e mesma cor. Jaqueta de couro preta, curta na altura do busto. Muitas echarpes indianas de todas as cores, penduradas no pescoço. Sandália dourada de plataforma, estilo Carmen Miranda (que hoje seria chiquérrima). Peruca castanha canecalon (?) até a cintura. Chapéu de palha com arranjo de flores. Sombra roxa. Batom rosa pink. Isso sou eu.
. Fato: Fiz uma entrada espetacular! Todo o restaurante olhou para a porta quando eu entrei. Mas o restaurante estava funcionando normalmente.
. A parte boa: ninguém me reconheceu...rolou até um concurso para ver quem seria o primeiro a dizer quem eu era. De qualquer forma...Oh my god moment.
4
. Quando: 2007
. Onde: Coliseo, Roma.
. Testemunhas: minha filha e a torcida do Flamengo
. Fato: Andava eu deslumbrada pelas ruínas do Coliseo, admirando a grandeza e tentando sentir a energia histórica do lugar. O dia estava lindo e o vento quente de verão soprava forte, aliviando um pouco o ardor do sol tórrido na pele.
Eis que de repente, sinto um tapa na nuca. Me assustei, olhei para trás, não havia nada.
Mais três passos e outro tapa na nuca. Foi aí que me dei conta de que, quem estava batendo sem parar na minha nuca era a barra do meu vestido.
AH! Me tira daqui!
Eu estava há muito tempo aproveitando o ventinho gostoso nas pernas...e etc...sem perceber que estava dando um espetáculo pornô em pleno Coliseo. Sim sim...vestido na nuca. Você consegue imaginar. Tinha um monte de turista? Claro! era o Coliseo!
Logo atrás de mim, duas meninas se matavam de rir...os outro eu não sei, porque mergulhei na minha auto-defesa-instantânea - leia-se fingi que estava sozinha no deserto - e continuei apreciando a paisagem. Master oh my god moment.
Essa é a minha vida. Tem muito mais...mas eu conto mais tarde.
Bom dia flor do dia.
Há momentos em que você duvida da existência de um Deus que te protege, ou um anjo da guarda que, pelo amor de deus, se existisse deveria estar acordado! Ele é pago pra isso: pra evitar que você passe por um momento lastimável que, pós-terceiro milênio, pode ter proporções estratosféricas com o advento da câmera-digital-na-mão-de-qualquer-imbecil.
(As lojas deviam ter psicólogos elaborando testes de imbecilidade em possíveis compradores de celular com câmera, ou mini-câmeras digitais baratinhas e discretas)
Anyway...alguns desses meus momentos eu tenho vergonha de lembrar. Talvez ninguém lembre, mas eu não consigo esquecer.
A eles.
1
. Quando: aos 8 anos
. Onde: na casa da minha tia torta, que tinha uma piscina com apenas 30 cm de água.
. Testemunhas: minha prima e o sobrinho da tia torta - por quem eu era apaixonada
. Fato: Estávamos vestidos com roupas normais, conversando em pé dentro da psicina., água na canela.
Minha prima era magrinha e delicadinha, por consequência, tinha o poder de brincar com os meninos fazendo as mesmas coisas que eles. Ela também tinha vários irmãos mais velhos, o que fazia dela um tanto mais esperta do que eu em quase todos os assuntos - menos em se sentir sem sal e sem atrativos...porque eu era expert nisso.
Sabe deus qual era o assunto, quando eu resolvi fazer uma super demonstração de balet. Fiz todos olharem para mim e soltei uma frase que ainda lembro:
- Olha! olha! Aquelas mulheres assim ó!
Fiz uma pirueta e arrematei com uma grande e fantástica elevação de perna.
Adivinha? Escorreguei na piscina, caí de bunda e bati a cabeça. Quando abri os olhos, minha prima e o garoto que eu gostava estavam se matando de rir da minha cara.
2
. Quando: No mesmo dia
. Onde: no mesmo lugar
. Testemunhas: as mesmas
Depois das risadinhas, eu estava arrasada. A conversa mudou. Os dois, super espertos sabedores de todos os assuntos que eu não fazia a menor idéia, falavam coisas que pareciam grego e davam risadinhas que despertavam os meus instintos assassinos e suicidas ao mesmo tempo.
Quando de repente os dois me cercam no canto da psicina (eu com a roupa molhada, humilhada, arrasada) e ela pergunta de sopetão:
- Você é virgem? É sim, eu sei que é. Hahaahha! (risada malvadona)
Eu entrei em pânico, olhei nos olhos dele procurando por abrigo...mas não encontrei nada além do mesmo olhar acusador dela. Pânico! Pânico! Que diabo é isso? Virgem? Socorro, alguém me chama pra almoçar! E respondi:
- Claro que não, sua burra!
Oh deus...ainda quando lembro disso meu estômago vira. Juro. Se eu não tinha perdido o menino porque era desajeitada e tonga, perdi por que não era virgem, ou porque era bobinha demais pra saber que era. Oh my god moment.
3
. Quando: Algum momento entre 1986 e 1989
. Onde: No restaurante da minha amiga Joana
. Testemunhas: Meio mercado publicitário
Alguém teve a idéia de fazer uma festa brega. O restaurante seria fechado para nós. Por uma necessidade que eu não entendo, tínhamos que vestir a coisa mais brega já vista e comparecer ao restaurante da Joana na hora marcada para rirmos uns da cara dos outros. Oba!
. Figurino: colant verde água de lycra brilhante, com ziper na frente. Meias combinando, da mesma lycra e mesma cor. Jaqueta de couro preta, curta na altura do busto. Muitas echarpes indianas de todas as cores, penduradas no pescoço. Sandália dourada de plataforma, estilo Carmen Miranda (que hoje seria chiquérrima). Peruca castanha canecalon (?) até a cintura. Chapéu de palha com arranjo de flores. Sombra roxa. Batom rosa pink. Isso sou eu.
. Fato: Fiz uma entrada espetacular! Todo o restaurante olhou para a porta quando eu entrei. Mas o restaurante estava funcionando normalmente.
. A parte boa: ninguém me reconheceu...rolou até um concurso para ver quem seria o primeiro a dizer quem eu era. De qualquer forma...Oh my god moment.
4
. Quando: 2007
. Onde: Coliseo, Roma.
. Testemunhas: minha filha e a torcida do Flamengo
. Fato: Andava eu deslumbrada pelas ruínas do Coliseo, admirando a grandeza e tentando sentir a energia histórica do lugar. O dia estava lindo e o vento quente de verão soprava forte, aliviando um pouco o ardor do sol tórrido na pele.
Eis que de repente, sinto um tapa na nuca. Me assustei, olhei para trás, não havia nada.
Mais três passos e outro tapa na nuca. Foi aí que me dei conta de que, quem estava batendo sem parar na minha nuca era a barra do meu vestido.
AH! Me tira daqui!
Eu estava há muito tempo aproveitando o ventinho gostoso nas pernas...e etc...sem perceber que estava dando um espetáculo pornô em pleno Coliseo. Sim sim...vestido na nuca. Você consegue imaginar. Tinha um monte de turista? Claro! era o Coliseo!
Logo atrás de mim, duas meninas se matavam de rir...os outro eu não sei, porque mergulhei na minha auto-defesa-instantânea - leia-se fingi que estava sozinha no deserto - e continuei apreciando a paisagem. Master oh my god moment.
Essa é a minha vida. Tem muito mais...mas eu conto mais tarde.
Bom dia flor do dia.
5 comentários:
Hahahahaha!
Ri demais, Mê!
Olha, eu passei alguns "Oh my god moment" ao seu lado. Nunca esqueço de sair do seu lavabo, no meio de uma reunião com a saia presa na blusa.
Mas definitivamente, quem não teve um momento desses, não tem história para contar.
Se não fossem os seus "OMGM" não teríamos um texto hoje!
bjs
Agradeço todos os dias por existir a Internet. Só assim eu me sinto normal, só assim podemos todos rir dessa maneira da desgraça dos outros pensando na própria, sem estresse que é como se deve levar as vergonhas nossas de todo dia. Sou muito desajeitada e meu maior pânico na vida é sair do banheiro com a saia presa e levantada. Essa da barra do vestido na nuca é impagável!!! Como disse a sua amiga Rafa, quem não tem uma história dessas pra contar? Já sei quem: as pessoas sem sal!!! Beijo!
Eu tava presente no da Festa Brega e lembro muito bem da tua cara-hahah...rachei o bico de rir agora lendo isso tudo...a do Coliseu ...ADOGO!!!...como diria o chato do Dicesar.
ahahahaha ...Dio Mio moments!
...é por isso que todo munde deve sempre portar (pelo menos uma) bolinha ninja* no bolso e/ou ter sempre um bom desmaio pré-armado na manga! ahahahahaha
*(aquela que faz uma cortina de fumaça pra gente sumir por detrás!)
bjs
Nossa... essa sua vida foi bem aproveitada.... rçrçr, li quase todos os topicos!
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