(parte integrante de auto-exílio)
Como é que faz
para omitir uma explosão
de todo seu ouvinte,
todo transeunte?
Como é que faz
para esconder um céu brilhante
de todo pássaro,
seu habitante?
Como é que faz
para reduzir
"Este Amor"?
Apagar
"Este Amor"?
Esquecer
"Este Amor"?
Como é que faz
para não tê-lo vivido?
não tê-lo bebido aos tragos?
não tê-lo todo nas veias,
nos tecidos?
Como é que faz,
me diz?
Para falsear este tudo,
este tanto,
e guardá-lo todo
- este todo inteiro -
em algum canto?
auto-exílio é uma série de textos e poemas escritos à máquina, encontrados perdidos numa pasta velha no sótão da minha casa. são fragmentos de da vida que eu levei de 1981 a 1989. de tempos em tempos, ou sempre que eu não tiver o que dizer, vou publicar um deles.
**momento I é o primeiro de três poemas escritos para a mesma pessoa, que fez parte da minha infância e reapareceu vinte e dois anos mais tarde, depois foi embora...do mundo. não pergunte! eu tenho amnésia.
8 comentários:
Me parece mais amnésia seletiva!
Poema lindo mer, quero os outros momentos!
Amnésia externa.
Perfeito!
Cheguei até seu Blog porque fiz um poema chamado CAIXA PRETA e fui pesquisar o nome. Adorei, viu? Fui lendo... lendo... uma delícia... Sou do Rio mas vou sempre a SP. Quem sabe possamos, um dia, nos conhecer? Somos da mesma geração e do mesmo ano (vc deve ser 1 mes mais velha... rsrsrs... sou escorpianino glup!) Visite meu blog. Gostaria de sua opinião. http://leaoleibovich.blogspot.com/
Mas que menina! Onde aprendeu a brincar com as palavras desse jeito???? Voce desperta na gente a vontade de ser poeta..
lindo...lindo...
bjs
Clélia...coisa de criança solitária que passava muuuuuitas horas no quarto sem TV. ;)
putz,
se esse é dos antigos, eu tou com raiva de escrever!
achei ali no blog do solda.
é viciante isso aqui
abrazzz
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