Hoje eu li no blog do Solda um texto do Karam onde ele dizia o que é mentira. Adorei e resolvi imitar assim, descaradamente mesmo, provavelmente com alterações que levam os dois textos para lados completamente distintos, porque ele é ele e eu sou eu, e eu sou muito mais boba do que ele.
Lá vai:
Lá vai:
É mentira que quando eu era pequena eu quebrava tudo. Eu só era estabanada, e quebrava tudo sim! Mas sem a intenção que as pessoas gostavam de narrar ao contar para a minha mãe ou ao fazer um "comentário inocente" na frente de uma criança (eu) que devia ser surda. Isso fez com que eu começasse a esconder as partes das coisas que eu quebrava. Mas é mentira que eu era sonsa: eu só não queria que as pessoas deixassem de gostar de mim.
É mentira que aquelas férias no Rio eu roubei o perfume francês da minha prima. Eu só abri a caixa minúscula do perfume e ele voou, aterrissaando dentro do vaso sanitário e eu nunca mais consegui pegar. Até hoje eu não tinha contado isso para ninguém, mas acho que isso faz parte da história ali de cima.
É mentira que eu namorei a cidade inteira. Só seria verdade se dissessem que eu me apaixonei pela cidade inteira. Aí sim! Porque dos 13 aos 16 eu trocava de paixão uma vez por semana e tive mais amores eternos e doloridos do que toda a história do cinema de hollywood e onde mais alguém tenha feito um filme de amor.
É mentira também que nos áureos tempos eu era incrível e irresistível, porque na história acima mencionada era eu a personagem que vivia com o coração partido.
É mentira que eu aprontei demais. Uma vez ou outra eu fui escondido a uma festa, mas nunca alguém me viu com drogas, me esperou até o amanhecer ou teve que ir me buscar num motel ou na delegacia. Se comparada às mulheres da minha geração, eu era quase uma freira, só que com cara de santa do pau oco.
É mentira que eu sou uma mulher super culta. Eu sou mais Zelig do que culta. Eu sou o Peter Petrelli de Heroes -- que absorve os super-poderes alheios mesmo sem querer. Eu só cresci e amadureci entre pessoas interessantes, inteligentes e de cultura muito superior à média. Assim, com meus super-poderes, eu passei a entender um pouco da especialidade de cada um e sempre tive ouvidos para ouvir e olhos para ver. Depois eu fiz uma média dos "poderes que absorvi" e passei a usar todos em minhas próprias experiências. É mentira também que eu sei o bastante para conviver com reis e plebeus: eu só nasci com a lábia maior do que o universo. Este sim talvez seja o meu super-poder.
É mentira que eu sou capaz de fazer qualquer coisa direito. Eu sou capaz de fazer qualquer coisa superficialmente e minha fome de pesquisa é gigantesca. Em pouquíssimo tempo eu posso saber quase tudo sobre um determinado assunto e, se o caso for sobrevivência, acho só não posso ser engenheira e cirurgiã.
É mentira que eu sou uma fortaleza. A verdade é que sou frágil como todo mundo, só que com essa cara de poderosa. Isso fez com que eu passasse sozinha pelas piores situações da minha vida, já que as pessoas costumam achar que eu prefiro ficar quieta comigo mesma.
Ser forte não me ajudou em momentos tristes e de carência. Parecer forte não me salvou de chorar sozinha no escuro. Parecer poderosa não evitou que eu afundasse com o meu barco sem uma bóia para me agarrar. Ser e parecer forte fez com que algumas pessoas abusassem tremendamente de mim, achando que eu aguentaria melhor do que elas próprias. Em compensação, a máscara de forte me permitiu levantar todas as vezes parecendo ter poucos arranhões.
É mentira que eu sempre assumi meus erros. Eu assumi a consequência deles, o que já é pesado demais, obrigada. Alguns dos meus pecados estão guardados numa caixa com etiqueta escrito: NÃO MEXER. São os meus esqueletos no armário. São os corpos enterrados no meu quintal. E não há cristo que me faça abrir a tal caixinha e olhar para eles de novo. Eu sei que existem, conheço um por um, não me envergonho deles, mas não vejo necessidade de ficar remexendo em coisas que, no mínimo, não cheiram muito bem. São erros, e como erros devem servir para aprender e fim. Eu estudei numa escola que não nos permitia apagar ou rabiscar os erros. Quando uma palavra estava errada, devíamos colocá-la entre parênteses e escrever corretamente em seguida. Assim, os erros não deixariam de existir, mas era possível seguir em frente. Assim eu faço com a vida. Lugar de erro, seja ele lama do passado ou só um acidente de percurso, é entre parênteses. Não vou apagar, mas também não vou viver deles.
É mentira que eu vivi incríveis histórias de amor. Eu só sei conta-las melhor do que a maioria das pessoas, dando a elas a importância que eu gostaria que tivessem tido.
Ok....isso é mentira! Vou colocar entre parênteses.
É mentira que todas as mentiras foram explicadas nesse texto. Existem milhares de mal entedidos a meu respeito, milhões, centenas de milhares! Eu só não estou com vontade agora de abrir o baú dos misunderstandings para esclarecer um por um. Um dia quem sabe...
Mas é mentira!
É mentira que aquelas férias no Rio eu roubei o perfume francês da minha prima. Eu só abri a caixa minúscula do perfume e ele voou, aterrissaando dentro do vaso sanitário e eu nunca mais consegui pegar. Até hoje eu não tinha contado isso para ninguém, mas acho que isso faz parte da história ali de cima.
É mentira que eu namorei a cidade inteira. Só seria verdade se dissessem que eu me apaixonei pela cidade inteira. Aí sim! Porque dos 13 aos 16 eu trocava de paixão uma vez por semana e tive mais amores eternos e doloridos do que toda a história do cinema de hollywood e onde mais alguém tenha feito um filme de amor.
É mentira também que nos áureos tempos eu era incrível e irresistível, porque na história acima mencionada era eu a personagem que vivia com o coração partido.
É mentira que eu aprontei demais. Uma vez ou outra eu fui escondido a uma festa, mas nunca alguém me viu com drogas, me esperou até o amanhecer ou teve que ir me buscar num motel ou na delegacia. Se comparada às mulheres da minha geração, eu era quase uma freira, só que com cara de santa do pau oco.
É mentira que eu sou uma mulher super culta. Eu sou mais Zelig do que culta. Eu sou o Peter Petrelli de Heroes -- que absorve os super-poderes alheios mesmo sem querer. Eu só cresci e amadureci entre pessoas interessantes, inteligentes e de cultura muito superior à média. Assim, com meus super-poderes, eu passei a entender um pouco da especialidade de cada um e sempre tive ouvidos para ouvir e olhos para ver. Depois eu fiz uma média dos "poderes que absorvi" e passei a usar todos em minhas próprias experiências. É mentira também que eu sei o bastante para conviver com reis e plebeus: eu só nasci com a lábia maior do que o universo. Este sim talvez seja o meu super-poder.
É mentira que eu sou capaz de fazer qualquer coisa direito. Eu sou capaz de fazer qualquer coisa superficialmente e minha fome de pesquisa é gigantesca. Em pouquíssimo tempo eu posso saber quase tudo sobre um determinado assunto e, se o caso for sobrevivência, acho só não posso ser engenheira e cirurgiã.
É mentira que eu sou uma fortaleza. A verdade é que sou frágil como todo mundo, só que com essa cara de poderosa. Isso fez com que eu passasse sozinha pelas piores situações da minha vida, já que as pessoas costumam achar que eu prefiro ficar quieta comigo mesma.
Ser forte não me ajudou em momentos tristes e de carência. Parecer forte não me salvou de chorar sozinha no escuro. Parecer poderosa não evitou que eu afundasse com o meu barco sem uma bóia para me agarrar. Ser e parecer forte fez com que algumas pessoas abusassem tremendamente de mim, achando que eu aguentaria melhor do que elas próprias. Em compensação, a máscara de forte me permitiu levantar todas as vezes parecendo ter poucos arranhões.
É mentira que eu sempre assumi meus erros. Eu assumi a consequência deles, o que já é pesado demais, obrigada. Alguns dos meus pecados estão guardados numa caixa com etiqueta escrito: NÃO MEXER. São os meus esqueletos no armário. São os corpos enterrados no meu quintal. E não há cristo que me faça abrir a tal caixinha e olhar para eles de novo. Eu sei que existem, conheço um por um, não me envergonho deles, mas não vejo necessidade de ficar remexendo em coisas que, no mínimo, não cheiram muito bem. São erros, e como erros devem servir para aprender e fim. Eu estudei numa escola que não nos permitia apagar ou rabiscar os erros. Quando uma palavra estava errada, devíamos colocá-la entre parênteses e escrever corretamente em seguida. Assim, os erros não deixariam de existir, mas era possível seguir em frente. Assim eu faço com a vida. Lugar de erro, seja ele lama do passado ou só um acidente de percurso, é entre parênteses. Não vou apagar, mas também não vou viver deles.
É mentira que eu vivi incríveis histórias de amor. Eu só sei conta-las melhor do que a maioria das pessoas, dando a elas a importância que eu gostaria que tivessem tido.
Ok....isso é mentira! Vou colocar entre parênteses.
É mentira que todas as mentiras foram explicadas nesse texto. Existem milhares de mal entedidos a meu respeito, milhões, centenas de milhares! Eu só não estou com vontade agora de abrir o baú dos misunderstandings para esclarecer um por um. Um dia quem sabe...
Mas é mentira!
8 comentários:
É mentira!!!hahahahahahhahha
Beijooo
affe... também acho!
Ai Mercedes, que texto pééééssimo hein!
... é mentira!
bj.
"mas eu amo (se amo!) e gosto dela assim, assada cozida fritinha enrolada todinha prá mim"!
amo, adoro & venero!!!
É mentira que eu sou uma fortaleza. sempre falei isso e ninguem me acredita bah!
e odeio final de ano, beijo coração!
Adorei seu texto.
Só não consegui achar o outro texto que vc mencionou.
hehe.
Estranho como cada vida é unica, pessoas tem experiencias diferentes e mesmo assim a gente sempre fala coisas do tipo "aconteceu isso comigo tb".
não sou de deixar coments, mas precisava te dizer (por escrito) que adoro seus textos. todos. quando eu crescer, quero escrever assim, como você... bjk
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