Então eu sento e escrevo um milhão de histórias.
Então escolho uma ou duas e começo a desenvolver.
Então fico enchendo o saquinho das minhas colaboradoras pra pedir mais e mais histórias.
Então nunca acho nada do que faço bom o bastante.
Mostro para o Cláudio, que tem sempre os "por que não's" guardados na manga, como se ele fosse o mantenedor do senso de realidade de todas as histórias do mundo.
A gente se frustra e acha que nunca, nunca, nunca vai ter uma grande história para filmar.
Que chato!
Aí eu vou ao cinema. Não assim: Oba...vou ao cinema me divertir um pouco. Não! Sento lá por duas horas para ver o que faz um filme chegar aos pés daquela grande e inatingível estátua dourada. Então coloco os óculos (to ceguinha ceguinha!), deixo minha garrafa d'água à mão, me acomodo na poltrona com lugar marcado - sim...filme de Oscar merece certos luxos! - e penso: Pelo amor de deus, surpreenda-me!
Ai gente...que tédio!
1. No Country for Old Men (onde os fracos não têm vez): Tradução mais imbecil que eu vi nos últimos tempos. hahah! Esse cara que cria nome de filme em português merecia encontrar um caminhão na contramão!
Mas vamos a ele. História boa. Boa...fora o fato de uma criatura que encontra uma quadrilha inteira de traficantes mortos no deserto, deixa o único que estava vivo pra morrer lá pedindo água, e rouba uma mala com um milhão e meio de dolares; resolver ter um ataque de culpa de madrugada e levar água pro cara que tava morrendo. Hello??? Ele já mostrou que é uma pedra de frio. Ele nem ficou ofegante quando achou a chacina. Ele nem pensou em chamar a polícia! Culpa de madrugada??? Give me a brake! Pior que se tirar isso não tem filme!
Okay então...vamos engolir essa. O que mais eu tenho a dizer? Que nem a cara feia do Javier Barden me emocionou. Que no meu tempo quem fazia filme lento era sueco, russo ou alemão. Que a gente já viu "A morte pede carona" e depois dele mais 800 road movies com um maníaco perseguindo alguém com ou sem motivo. E que fora o filme acabar praticamente do nada - e com um belo texto - nada mais me surpreendeu. Tédio...
Ok...next!
Juno.
Ano passado eu já fiquei meio assim, achando que eu devo ser muito chata ou estar meio "fora da real" quando vi Little Miss Sunshine. Uma delícia de filme que eu veria na sessão da tarde e daria muita risada, mas que não sei muito bem o que está fazendo ali perto daquela estátua dourada. Pois é. Lá vem eles de novo premiar um filme assim.
Juno é delicioso. A Ellen Page justifica a indicação por um único motivo: se o filme fosse protagonizado pela Lindsay Lohan ou pela Hillary Duff, ou qualquer outra atriz de filminho adolescente, a gente não ia nem acreditar que a Juno tava grávida, nem achar que ela transaria com aquele garoto feio sem pelos nas pernas.
Pois bem. E o resto? O resto é bonitinho. As pessoas trabalham bem. A história é bem conduzida. Você quase acredita que vai dar uma caca muito grande que não rola. Filme bom. Bem bom. Mas podia passar domingo à tarde no Disney Channel. Oscar? Hm...tem alguma coisa errada com a Academia.
O Caçador de Pipas: chorei as entranhas! Mas era previsto. Todo mundo sabia que num determinado momento a gente odiaria o Amir, depois ele iria se redimir da maneira mais complicada possível. Ok ok...Quem não leu o livro, leu a orelha do livro. Quem não fez isso leu algum resumo numa revista semanal, ou escutou de uma senhora da família que passou o almoço contando o livro, num dia qualquer.
Mas o que você imagina quando eu digo "TORNEIO DE PIPAS NO AFGANISTÃO"? O que você vê quando pensa num céu com milhares de pipas voando, duas vezes o número de pipas em crianças nas lages de milhares de casas? Pois eu vejo uma cena linda! Cinematográfica ao extremo, quase mágica e surpreendente. E se eu digo que o filme abre em San Francisco, num parque em frente à San Francisco Bay com a Golden Gate no fundo? Eu vejo uma cena linda...
É... isso eu. Parece que o diretor de fotografia do filme não viu bem assim. Essa criatura perdeu no mínimo 20 oportunidades de fazer um cinema bonito, trocando tudo pela fotografia mais crua e feia que eu vi desde algum documentário sobre favela. Fora o elenco feidimás...mas isso não tem muita saída, já que o Afganistão não é muito dotado de pessoas com a beleza que para nós é bela. Pelo menos só está indicado a melhor música...se estivesse indicado para melhor fotografia, eu ia cortar os pulsos.
Fora isso, tem um Taliban que aparece no fim do filme que eu jurava que era o Jim Morrison. A única pessoa no elenco que não podia, de jeito nenhum, parecer nascido na Califórina, parece até que surfa! Pois bem, era o Jim Morrison disfarçado de Taliban. Péssimo.
Ainda falta Michael Clayton e Sangue Negro. Fora os que chegaram perto do Oscar: A Mighty Heart, Elizabeth - the golden age, American Gangster, La Vie en Rose, Into the Wild, Sweeney Todd.
Tendo visto mais de 50% dos indicados a melhor filme - Desejo e Reparação, Onde os Fracos não têm Vez e Juno - eu posso dizer que TIENGO PAURA!!!
Foram os caras que perderam a mão, ou eu que fiquei muito chata? Até agora só Desejo e Reparação tem cara de filme para Oscar. Estou rezando pra Michael Clayton e Sangue Negro me surpreenderem (ponho mais fé em Sangue Negro, na verdade). O resto não sei...acho que me perdi.
Alguém acha uma máquina do tempo porque eu quero voltar pros anos 90! Eu preciso de Fargo, O Piano, Forrest Gump, Braveheart, American Beauty, Schindler's List, O Silêncio dos Inocentes....Socorro!!
Buenos dias.
Então escolho uma ou duas e começo a desenvolver.
Então fico enchendo o saquinho das minhas colaboradoras pra pedir mais e mais histórias.
Então nunca acho nada do que faço bom o bastante.
Mostro para o Cláudio, que tem sempre os "por que não's" guardados na manga, como se ele fosse o mantenedor do senso de realidade de todas as histórias do mundo.
A gente se frustra e acha que nunca, nunca, nunca vai ter uma grande história para filmar.
Que chato!
Aí eu vou ao cinema. Não assim: Oba...vou ao cinema me divertir um pouco. Não! Sento lá por duas horas para ver o que faz um filme chegar aos pés daquela grande e inatingível estátua dourada. Então coloco os óculos (to ceguinha ceguinha!), deixo minha garrafa d'água à mão, me acomodo na poltrona com lugar marcado - sim...filme de Oscar merece certos luxos! - e penso: Pelo amor de deus, surpreenda-me!
Ai gente...que tédio!
1. No Country for Old Men (onde os fracos não têm vez): Tradução mais imbecil que eu vi nos últimos tempos. hahah! Esse cara que cria nome de filme em português merecia encontrar um caminhão na contramão!
Mas vamos a ele. História boa. Boa...fora o fato de uma criatura que encontra uma quadrilha inteira de traficantes mortos no deserto, deixa o único que estava vivo pra morrer lá pedindo água, e rouba uma mala com um milhão e meio de dolares; resolver ter um ataque de culpa de madrugada e levar água pro cara que tava morrendo. Hello??? Ele já mostrou que é uma pedra de frio. Ele nem ficou ofegante quando achou a chacina. Ele nem pensou em chamar a polícia! Culpa de madrugada??? Give me a brake! Pior que se tirar isso não tem filme!
Okay então...vamos engolir essa. O que mais eu tenho a dizer? Que nem a cara feia do Javier Barden me emocionou. Que no meu tempo quem fazia filme lento era sueco, russo ou alemão. Que a gente já viu "A morte pede carona" e depois dele mais 800 road movies com um maníaco perseguindo alguém com ou sem motivo. E que fora o filme acabar praticamente do nada - e com um belo texto - nada mais me surpreendeu. Tédio...
Ok...next!
Juno.
Ano passado eu já fiquei meio assim, achando que eu devo ser muito chata ou estar meio "fora da real" quando vi Little Miss Sunshine. Uma delícia de filme que eu veria na sessão da tarde e daria muita risada, mas que não sei muito bem o que está fazendo ali perto daquela estátua dourada. Pois é. Lá vem eles de novo premiar um filme assim.
Juno é delicioso. A Ellen Page justifica a indicação por um único motivo: se o filme fosse protagonizado pela Lindsay Lohan ou pela Hillary Duff, ou qualquer outra atriz de filminho adolescente, a gente não ia nem acreditar que a Juno tava grávida, nem achar que ela transaria com aquele garoto feio sem pelos nas pernas.
Pois bem. E o resto? O resto é bonitinho. As pessoas trabalham bem. A história é bem conduzida. Você quase acredita que vai dar uma caca muito grande que não rola. Filme bom. Bem bom. Mas podia passar domingo à tarde no Disney Channel. Oscar? Hm...tem alguma coisa errada com a Academia.
O Caçador de Pipas: chorei as entranhas! Mas era previsto. Todo mundo sabia que num determinado momento a gente odiaria o Amir, depois ele iria se redimir da maneira mais complicada possível. Ok ok...Quem não leu o livro, leu a orelha do livro. Quem não fez isso leu algum resumo numa revista semanal, ou escutou de uma senhora da família que passou o almoço contando o livro, num dia qualquer.
Mas o que você imagina quando eu digo "TORNEIO DE PIPAS NO AFGANISTÃO"? O que você vê quando pensa num céu com milhares de pipas voando, duas vezes o número de pipas em crianças nas lages de milhares de casas? Pois eu vejo uma cena linda! Cinematográfica ao extremo, quase mágica e surpreendente. E se eu digo que o filme abre em San Francisco, num parque em frente à San Francisco Bay com a Golden Gate no fundo? Eu vejo uma cena linda...
É... isso eu. Parece que o diretor de fotografia do filme não viu bem assim. Essa criatura perdeu no mínimo 20 oportunidades de fazer um cinema bonito, trocando tudo pela fotografia mais crua e feia que eu vi desde algum documentário sobre favela. Fora o elenco feidimás...mas isso não tem muita saída, já que o Afganistão não é muito dotado de pessoas com a beleza que para nós é bela. Pelo menos só está indicado a melhor música...se estivesse indicado para melhor fotografia, eu ia cortar os pulsos.
Fora isso, tem um Taliban que aparece no fim do filme que eu jurava que era o Jim Morrison. A única pessoa no elenco que não podia, de jeito nenhum, parecer nascido na Califórina, parece até que surfa! Pois bem, era o Jim Morrison disfarçado de Taliban. Péssimo.
Ainda falta Michael Clayton e Sangue Negro. Fora os que chegaram perto do Oscar: A Mighty Heart, Elizabeth - the golden age, American Gangster, La Vie en Rose, Into the Wild, Sweeney Todd.
Tendo visto mais de 50% dos indicados a melhor filme - Desejo e Reparação, Onde os Fracos não têm Vez e Juno - eu posso dizer que TIENGO PAURA!!!
Foram os caras que perderam a mão, ou eu que fiquei muito chata? Até agora só Desejo e Reparação tem cara de filme para Oscar. Estou rezando pra Michael Clayton e Sangue Negro me surpreenderem (ponho mais fé em Sangue Negro, na verdade). O resto não sei...acho que me perdi.
Alguém acha uma máquina do tempo porque eu quero voltar pros anos 90! Eu preciso de Fargo, O Piano, Forrest Gump, Braveheart, American Beauty, Schindler's List, O Silêncio dos Inocentes....Socorro!!
Buenos dias.
5 comentários:
Aii Mercy!
Tem que assistir Michael Clayton que me fez acreditar na atuação do Mr. Clooney - he he he (he arrogante).
Into the wild que me fez querer pular de paraquedas no Alaska e There wil be blood que te faz querer vomitar petróleo! hahahaah
Besitos mil
To contando com isso!
(Meda de vomitar petróleo. hahahahah)
acho que tu tá exigente demais...mas entendo quando vc diz " filme com cara de Oscar", dos que concorrem a melhor filme só não vi Sangue Negro. Eu escolheria Desejo e Reparação mesmo tendo gostado dos outros e minha escolha passa pelo coração, este filme ainda tá comigo.
Juno é um pequeno filme com um texto delicioso.
"Onde os fracos não tem vez" é uma tradução medonha e que além de não ajudar, atrapalha visto que é no título original "No Country for old men" que se consegue entender o que os irmãos Cohen querem dizer...eu gosto do filme e nem me incomodei com a falta de veracidade no roteiro ( a tal culpa tardia que vc citou), aliás nem tinha me dado conta disso. De qq forma, não é nem de longe meu favorito, saí do cinema e o filme não veio junto.
Conduta de Risco é bom demais, roteiro bom, boa direção, excelentes atores de tudo quanto é lado, parece que estamos vendo um daqueles bons filmes dos anos 70 com bastante diálogo e intrigas e que não ficam chatos.
Não sei se concordo contigo quanto a fotografia do caçador de Pipas, acho que tinha que ser pobre mesmo, isso ajuda a contar a história, senão glamourizaria (???) uma coisa que não pode ser glamourizada ( acho que inventei um verbo agora).
De fotografia vale o filme do Jesse James/Brad Pitt, linda, linda, linda...baixei o filme pelo e-mule e mesmo no computador a fotografia salta de tão bonita.
Mas eu só entrei aqui pra ver se o Perin tinha comentado...kkk, ví o primeiro comentário...o segundo...aí me perguntei...uai...cadê???kkkkk me deu até um "coiso"...mas logo ví ele alí...ufa!que alívio! Gosto das pessoas assim...bem do jeito que elas são! bjs procês 2...P.S.Concordo cocê sobre os dois ultimos comentários!
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