Deixa eu abrir a casa?
Faz tanto tempo que julho não chega com seus céus azuis e a promessa de setembros...
As borboletas se foram e tudo ficou tão chato. A previsão do tempo é sempre a mesma...chuva, só um chuvisco. Sol, só um solzinho. Vento, uma brisa tão morna.
É desse jeito que eu gosto: ventos que façam tremer e geadas que congelem lágrimas. Sol de dias sem núvens, que arrepie a nuca, que machuque os olhos. Fogo aceso...por dentro e por fora. Frio cortante ou calor que queime - não quero nada no meio, nada pela metade, não quero se não deixar marcas.
E as borboletas que voltam... dançando aqui, dois palmos abaixo da minha garganta. É assim. É desse jeito que eu gosto.
Julho, agosto, setembro, meus meses maiúsculos de coração disparado, sejam eles janeiros, dezembros, abrís! Sempre é julho, quando o cheiro é bom.
Vem então...eu já fiz o fogo. Sente o cheiro do café. Ouve a música tocando.
Declaro reaberta a velha casa do lago.
Enfim.
a casa do lago aqui:
Sequestro,
Bonnie & Clyde
5 comentários:
Wow!
Chega a me dar medo...
Mas como te disse, adoro os seus Julhos!
Bjs
Rafaela P.
"Sempre é julho, quando o cheiro é bom" quando o cheiro é bom é cheiro de tudo o que vem pra deixar marcas, marcas que não largam da gente... cheiro é marca pra sempre.
Inspiração WELCOME!
Pena que em julho tem copa do mundo...
Ta bom, ta bom... a cada quatro anos. Mas tem.
Também amo os julhos, todos eles. E provavelmente sou a única pessoa na face da Terra que aprecia muito o litoral paulista, neste mês. É verdade que a água do mar atinge temperaturas desconfortáveis. É verdade que a brisa praiana de sempre torna-se mais próxima do vento frio. Mas não me importa - adoro ter o mar só para mim, o sol frio, sem nuvens, no céu impecavelmente azul.
E o café? É inexplicável o efeito que o café tem sobre o paladar, em julho. Mas divago.
Um beijo e parabéns pelo texto - não tinha me dado conta que julho já estava batendo à porta. :)
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